19 de junho de 2011

"Proteja-me de querer Você."

Consigo imaginar, visualizar teu rosto. E o teu sorriso, esse aí mesmo...
Talvez eu não consiga lhe causar tudo o que você me causa, tudo que a nossa conversa me causou, mas me sinto feliz, unicamente feliz, por ter sido ouvida, e ter conseguido entender isso, isso que de uma certa forma me tira o sono.
É, isso mesmo, me tira o sono...
Porquê?
Complicado explicar. Complicado porque, realmente, jamais me conformaria com um "não", ou com a indiferença... Tentaria sim, de todas as possíveis formas esquecer... E ainda sim, alguma coisa me diz que não conseguiria... Acredito, acredito mesmo, na ideia de que da mesma forma que comecei a pensar, posso (poderia) começar a esquecer, mas nessa situação, hoje, não funcionaria.
Me controlei. Me ignorei. Me achei idiota. Ridícula.
Sinceramente, por ter achado que não seria ouvida, que não seria merecedora de tanto.
Foda-se se for loucura, foda-se se for "passageiro", e se for loucura, somente loucura te convido a viajar, de uma certa maneira esquecer as coisas de fora...
Não peça explicações, não queira que eu dê motivos, ou justificativas pra tudo... Aconteceu, talvez tenha sido por querer, talvez tenha sido por curiosidade...
Agora, hoje, ás 23:49 de sábado, é por querer. É por ter desistido, em muito pouco tempo, de lutar contra algo que me faz bem, que é tão gostoso de sentir...
E a cura, a forma mais única, mais simples de me fazer entender é seguindo meus instintos.
Não consigo entender como não ficou tão óbvio mais cedo, e como Eu, que me controlo tanto deixe me envolver assim, tão rápido e ao mesmo tempo devagar...
E agora ? E o que faremos?
Posso correr aí, aí mesmo e te dar um beijo... ? Posso te dizer que foi ótimo o papo...?
Não sei, não sei o que dizer, e pela primeira vez as letras do teclado embaralham-se na minha frente.
Mentiria se dissesse que não há como descrever, porque há sim como descrever...
Começa com uma simples dor de cabeça, em seguida um desconforto nos músculos, e em seguida me perco, me perco porque não sei mais o que dizer... E rio, rio interiormente de mim mesma por ter tido a certeza de que jamais seria ouvida.
Por ter me visto presente na tua vida, por ter conseguido me descrever... E pela primeira vez me ver entregue, de corpo e alma, a alguém...
Raramente me entrego, e ainda assim me livrei das correntes que eu mesma me prendi, para poder viver mesmo que por algumas horas ao nossa papo, ao teu papo...
Não, não vou dizer para deixarmos o tempo se encarregar de mostrar se é válido, não direi que por mim tanto faz, porque pra mim só falta me dizer curtiremos, viveremos juntos essa loucura toda, e aí sim, descubriremos de onde Eu sai, e de onde Tú saiu.
E sabe, pode ser em vão, pode ser idiota, mais o importante é o agora, o importante é que depois de escrever isso, e depois de te imaginar lendo, me sinto leve... E a sensação de leveza é viciante.
E sim, a única a forma de me proteger de te querer é me mostrar como posso satisfazer tudo aquilo que desejo, tudo aquilo que quero. E admito, admito que quero muitas coisas... E uma delas é matar minha vontade de querer te ter aqui, aqui no meio dos meus livros, aqui na minha essência, aqui em mim, aqui comigo, aqui nos meus dias...
É como tomar café, tem que ser puro, sem açúcar pra que eu veja e sinta que na realidade o amargo é mais gostoso que doce. Porque o doce na verdade está na boca de quem bebe, e não do que é bebido.
Enfim pessoa, eu te quero. E sei, que vou continuar querendo.
Exatamente sim, puro e sincero.



"Proteja-me de querer você."

Nenhum comentário:

Postar um comentário