26 de dezembro de 2011

Soltar a louca e arder de Paixão (?)

E eu fico achando que é muito, mas se continuar assim seremos bem mais.
E eu me pego pensando que não posso, não devo, que não conseguiria tudo outra vez.
E imagino a ideia de um sentimento crescendo e se apossando mais e mais de mim, do meu corpo, da minha essência, dos meus pensamentos. E mesmo lembrando o quanto é bom sentir tudo isso, eu tenho um medo danado.
Medo de que seja tudo em vão, medo por saber que Você era tudo o que eu mais precisava. Era do seu cheiro na minha roupa que necessitava, era ouvir as tuas histórias, era ver minhas olheiras no espelho e pensar que elas são saudáveis. É um querer com um bem mais que bem querer, é fantasiar horas de amor ao som de Placebo. É não notar e no fim já estar dividindo péssimos momentos, e é notar e no fim estar dividindo prazeres desejáveis.
Preciso não levar nada tão à sério, preciso soltar a louca e arder de paixão.
Ainda quero descobrir tua geografia, quero encontrar mordidas tuas pelo meu corpo. Quer ter ciúmes, quero ter um ciúmes bonitinho.
E ao mesmo tempo, não quero me perder de mim mesma, não quero me perder de tudo aquilo que me é essencial. Não posso me perder de casa, não posso desaprender o caminho das coisas que são minhas.
Tudo bem, eu aceito esse convite. Eu assino mais esse insano contrato com a vida, só quero que Você me garanta alguns goles de álcool, alguns cigarros, algumas sacanagens, e muitas verdades.


Fernanda Paiva

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