9 de outubro de 2011

Não desisti, apenas não insisto mais.

Decidi não mais escrever sobre Você por aqui.
Decidi que já tenho memórias o suficiente pra ficar dando mais espaço pra tua presença na minha vida... Eu queria ter a força que eu tinha antes, queria conseguir controlar e comandar essas coisas todas, controlar tudo aquilo que sempre ignorei.
Não sei se cheguei no meu limite, ou se já não há mais o que doer. Essa dor é tão absurda que chega a ser vazia, por irônia do destino, não por irônia minha pra variar escolhi o lado errado, e acabei vendo o quanto errei em querer tanto a ponto de não ver mais nada além do meu desejo. Foram mais de sete vezes que fui atrás, escrevi teu nome mais de mil vezes.

Perdi a linha de raciocínio necessária pra calcular contas exatas, afinal nosso cálculo nunca foi exato, tão pouco sei sobre força de contato por fazer algum tempo que não sei o que é sentir tuas mãos.
Perdi a cabeça a ponto de não saber mais conjugar verbos, a ponto de não saber que nós é no plural de dois e que eu é no singular de mim sozinha.
Passei a conhecer com a mesma exatidão que conheço teu corpo as ruas que por desespero caminhei atrás de um desejo, que caminhei atrás da morte da saudade.
Perdi boa parte da minha força, ganhei algumas cicatrizes, e hoje além de dores internas, tomei alguns remédios pra poder dormir, pela primeira vez em dias a dor física superou a dor da ausência.
O engraçado é que nesses últimos dias vi que a culpa era mais minha do que de qualquer um. Ninguém prevê quando o fim vai chegar, ninguém prevê quando a morte vem visitar.
"Where is my mind?"  me fiz essa pergunta durante dias, perdi noites de sono, tive sono em excesso, perdi o apetite e adquiri um vazio que ás vezes só o alcoól preenche.
Me vi sozinha, sem pai só com minha mãe, me vi pensando em você em lugares que era pra eu estar só e não querendo estar na tua companhia. Já implorei aos céus que essa fase chegue ao fim, mas parece que ainda falta alguma coisa.
Não me arrependo de nada, eu só queria lembrar onde foi que eu deixei aquilo tudo o que era meu, afinal o que tive e o que tenho é só meu, e de mais ninguém.
Me acostumei em seguir as regras que criei sendo que na realidade não sigo regra nenhuma. Descubri que sou mais poeta do sexomaníaca, sinto mais falta de ler um poema do que estar nos teus braços.
Preciso ter um pouquinho mais de concentração, assim eu sei que após um mês conseguirei te esquecer... Preciso lembrar que tenho alguns livros novos pra ler, e incluí-los na minha bibilioteca semi-destruída que aos poucos tenho conseguido colocar os livros que realmente importam nas devidas prateleiras. Fui a lugares pra poder ver pessoas que já ocuparam o espaço vazio da cama e espaço no meu peito, e no fim acabei só percebendo que na realidade é bem mais fácil do que eu imaginava...
Adquiri algumas manias, como Cream Cracker com café, e alguns traumas como lembrar o toque das tuas mãos ao ver um desenho teu, e a pior parte do trauma é não sentir o toque das tuas mãos no meu corpo.
Em tão pouco tempo perdi pessoas que achei que seriam eternas, e hoje eu duvido da eternidade.
Precisei recorrer a fé, e lá foi o único lugar onde encontrei o conforto necessário pro meu descanço.
Queria alguns remédios controlados, pra que eu pudesse controlar minha insônia, mas acabei tendo mais vontade de dormir do que ficar pensando na vida alheia.
Olho o telefone sem saber quem eu queria que me ligasse, e no fim, quem liga é quem mais se preocupa comigo...
A realidade é outra, e isso não me assusta mais, isso só me faz querer seguir sem desistir e sem insistir mais, antes me surpreender do que andar por aí, decepcionada.

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