11 de setembro de 2011

Não quero lembrar que eu minto também.

O que eu devo fazer, entender que hoje é mais domingo, mais um clássico domingo que não vai valer ser registrado no livro dos dias. O que mais eu devo fazer, lembrar que faz alguns dias que não vejo meu pai, e que faz alguns dias que não consigo ter o Cara que amo.
Devo admitir que ando procurando refúgio nos lugares mais inapropriados, e que ando esquecendo as coisas que não largo de mão nunca. Eu sei, nunca é uma palavra muito forte.
Ando precisando trocar de pele, trocar de ares, e admitir que as coisas mudam. E sabe, tá doendo tanto tudo isso. Os dias são quase iguais, e eu admito, tenho medo de perder pra vida.
Perder pra vida.
Perder pro cansaço físico e emocional.
Perder mais uma noite de sono.
Perdi tantas nesses últimos tempo que dormir uma noite a menos acredito que não fará diferença.
Quero colo, quero aconchego. Quero um corpo, quero o teu corpo.
Do cansaço nascem tantos monstros, e tantos medos... Precisava ter mais um pouquinho de fé. Só mais um pouquinho.
Beber não resolve porcaria nenhuma, conversar só deixa a ferida maior. E a saudade tem sido quase insuportável. Desisti de tanta coisa nesses últimos dias também, desisti de quem eu mais quis até hoje. Ando cansando de crêr nas possibilidades do mundo, crêr que tudo que tem que ser sempre é.
Queria poder lhe fazer entender o quanto necessito tê-lo comigo, o quanto é necessário sentí-lo dentro de mim. Inconfundível, é isso que tem isso essa saudade.
O vazio que não há como preencher, e as conversas tão sem sentido. Nada, nada mais parece ser suficientemente verdadeiro ou real, nem mesmo aquilo que se pode tocar.
O que mais posso fazer, é fechar os olhos e sorrir, porque só assim ainda posso sentir teu sorriso junto com o meu. Azar, meu azar, apesar de que eu tenho mais sorte do que juízo. Nem sei o que é ter juízo...
Preciso de relações mais verdadeiras, de verdades mais externas. Minha essência anda tão bagunçada e causada, que precisei fazer um mapa de mim mesma pra poder me achar. Me perdi no tempo assim como perdi meu Pai e Você, será que eu posso me encontrar e quem sabe lhe encontrar também?
Preciso ter claro em mim tudo o que é meu, tudo o que é por ter conquistado. E eu tinha conquistado, e me culpo por ter perdido em algum lugar. Ai, viver é tão complicado. Tenho estado em vários lugares ao mesmo tempo, sendo que na verdade queria era estar nos teus braços. Que o mês que vem chegue de uma vez, pra que eu possa entender que não há mais o que fazer. Esse lance de tempo é tão absurdo, que nem o que pensar.
Depois dessa catarse, preciso voltar ao Átomo de Bohr.

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